Tenho quase que certeza que não. Se no início da pandemia, quando muitos estavam em pânico, isso não foi posto em prática, que dirá agora, quando os ventos da normalidade parecem soprar, embalando suavemente consultórios, clínicas e hospitais. É claro quem estou fora do grande mercado das grandes capitais onde, com alguma chance, alguns serviços estejam atentos, zelosos e respeitando a inteligência dos pacientes.
No meu mundo ideal, qualquer ambiente de saúde deveria estar indo além de recepcionistas com máscaras e álcool em gel no balcão. Pacientes que se veem obrigados a recorrer a uma consulta médica presencial tem o direito de encontrarem ambientes onde todos – eu disse todos – os cuidados estão sendo tomados, a fim de se evitar a contaminação pelo coronavírus.
Algum serviço expõe claramente sua política de higienização adotada? Isso está escrito em banners, cartazes? Isso está exaustivamente informado e assegurado nas redes sociais do serviço?
As máscaras de funcionários estão recebendo cores diferentes a cada x período de horas de uso? Ou devemos imaginar que passam a jornada de trabalho inteira com a mesma máscara?
As superfícies de contato já receberam aquele adesivo de cobre? Ou desconhecem essa capacidade do metal e o produto que foi lançado?
As janelas estão sendo mantidas abertas e a renovação do ar já virou uma obsessão? Ou estão ligando o ar condicionado como se nada houvesse acontecido?
Salas de atendimento sem janelas já foram lacradas? Ou corremos o risco de sermos atendidos numa do gênero?
A equipe do escritório de arquitetura hospitalar já foi chamada para rever o “conceito” do prédio e o adequarem aos novos tempos? Ou isso não estava no contrato?
Os pacientes estão sendo informados que haverá controle sobre o número máximo de pessoas dentro do prédio? Ou isso é exagero?
Quando os ambientes de saúde se dignarem a responder a essas e outras questões, talvez estejamos preparados para a próxima pandemia. Caso contrário, preferiremos evitar esses locais.
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