Ledo engano. Eu pensava que só por aqui, nesta terra preconceituosa e atrasada, os de mais idade eram tratados de forma regredida e estigmatizante. Desde que inventaram a tal da “Terceira idade” um sem número de produtos e serviços passou a ser oferecido a esse segmento da população, mas em todos sempre se percebendo o mesmo vício: tratar a pessoa com mais de cinquenta como alguém “que só quer curtir a vida afinal ele trabalhou a vida toda” e outras bobagens. De modo geral, gente já não mais produtiva e, digamos assim, meio incompatível com as tecnologias. Eu até tento ler ou ouvir programas, análises, entrevistas, sobre esse novo mercado, sobre o envelhecimento da população etc e tal, mas é inútil. Invariavelmente o que se fala sobre o assunto chega às raias do preconceito. Para minha surpresa, no artigo linkado acima, o autor, um pesquisador do AgeLab do MIT, chama a atenção para os equívocos cometidos pelos designers, desenvolvedores, empreendedores etc, ao criarem produtos e serviços voltados ao “público de cabelos grisalhos”. Num mundo cada vez mais maduro é impressionante saber que as inovações tecnológicas ainda estejam sendo apresentadas de maneira tão imatura. Muito a evoluir.